segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Acolhido nos Teus braços...

Lembro-me, ultimamente, muitas vezes daquela estação de metro onde nos separámos. Aquela imagem surge, hoje, em mim como uma alegoria da vida. Ao entrar naquela carruagem sabia que tomava um rumo diferente para o futuro, um rumo que me levaria para longe e tive medo. Medo de deixar a banalidade, das saudades daqueles de quem gosto, medo de ser "pequenino" aos olhos dos outros. Vi alguns partirem e outros ficarem. Depois chegou a minha vez. Deitei a cabeça amiúde pela janela, e duvidei ainda mais se era esta a minha estação. Cheguei ao meu destino há uma semana e senti-me em casa. Senti uns enormes braços, ternos e acolhedores, que me apertavam com um amor que nada podia conter. E fiquei aconchegado no colo, de Alguém que me disse: "amei-te com um amor eterno". Disse que se chamava "Eu Sou", mas que todos o tratavam por Pai, e constatei que, de facto o era. Perguntei-lhe para onde devia ir agora, qual era o caminho que Ele preparara para mim. E ouvi a Sua voz, silenciosa e íntima, que me dizia: "Não tenhas medo, de hoje em diante levar-te-ei aos ombros, meu filho amado, de volta a Casa...". E aqui vou eu, bem seguro nos ombros do Pai, de mãos dadas, confiado que o Seu amor é maior que as dificuldades do caminho...
Maria, Mãe da Ternura, hoje confio à tua proteção aqueles que deixei e aqueles que encontrei. Entrego-te os irmãos que vão cruzando o meu caminho, que vão ajudando a superar o peso da jornada e dando alegria, cor, ritmo ao meu rumo. Guarda-os junto do teu coração terno e aponta-lhes sempre o teu Filho, Libertador e fonte de felicidade. Pede ao Pai por mim, para ver a vida com os Seus olhos, fixando o essencial, o amor que Ele colocou nos nossos corações. Vela pelo meu novo caminho, pela minha resposta à voz do Senhor, para que, olhos nos olhos com Jesus, possa dizer o mesmo "Sim" que disseste ao Pai. Fico em ti, na esperança de estar cada vez mais junto do Coração de Deus...

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