segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

De volta a casa (Leiria), depois da experiência "Integrar a diferença", na Casa de Saúde do Telhal, e do Retiro, na última semana, volto aqui para responder ao desafio que o Joca me deixou no "Porque nada é impossível para Ti"... A proposta era abrir o livro de cabeceira, ou outro de especial preferência, na página 161, ler a frase da linha 5 e transcrevê-la aqui; no dito lugar está escrito:


"Depois me reconheceu pela voz, perguntou se eu não era a congressista que abordara a relação profética de Vieira com o mundo da época, e falou que eu estava completamente errada, que eu não fazia nem ideia de quem era Vieira."

A citação é do livro "A Eternidade e o Desejo", de Inês Pedrosa, que me ofereci a mim mesmo no dia dos meus anos. É um romance que descreve a viagem de uma portuguesa, Clara, que parte para o Brasil em busca de um amor perdido para sempre, da reconciliação consigo mesma, da luz (era cega!) que bebia dos texto do Pe. António Vieira, que tinha como mestre. Deixo apenas uma frase que, em jeito de abertura, se apresenta num daqueles prolongamentos da capa, dobrados para dentro do livro, dos quais não sei o nome: "Vieira não precisava de nada nem de ninguém. No fundo, acho que lhe bastava a consciência de que tinha Deus dentro de si - ou a Eternidade, ou o conhecimento, como preferires. Era um precursor; fervia-lhe no peito uma verdade e só com ela tinha ligação."

Deixo o desafio a todos os bloguistas que me visitarem... Boas leituras para todos ;)

2 comentários:

  1. Não é um dos livros de cabeceira, mas de um dos que me marcou muito na minha juventude:
    "Um fim vago devia existir, pois caninhávamos. Um mundo qualquer devia existir, pois existia uma floresta. Nós, porém, éramos alheios ao que fosse ou pudesse ser, caminheiros uníssonos e intermináveis sobre folhas mortas, ouvidores anónimos e impossíveis de folhas caindo" in "Livro do Desassossego" por Bernardo Soares

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  2. "Quem não sabe viver com caridade e abraçar a dor dos outros, tem como castigo sentir com violência intolerável a dor própria. A dor só pode suportar-se tornando-a comum e compartilhando-a com os outros que sofrem. O castigo do egoísta está em só disso se aperceber sob a férula (castigo), tentando em vão aprender a caridade, por interesse".

    Cesare Pavese, in 'O Ofício de Viver'

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